Prémio de Inovação em Ciências e Tecnologias Espaciais com seis finalistas
A Agência Espacial Portuguesa recebeu um total de 23 candidaturas ao Prémio de Inovação em Ciências e Tecnologias Espaciais. Seis serão agora avaliadas por um júri composto por personalidades nacionais e internacionais.
O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e a Deimos Engenharia, a LC-Technologies, Lusospace, a D-Orbit Portugal e a ML Analytics são os seis projetos finalistas do Prémio de Inovação em Ciências e Tecnologias Espaciais lançado este ano pela Agência Espacial Portuguesa – Portugal Space.
A pré-seleção, conduzida pela equipa da Portugal Space, identificou os projetos das empresas referidas como sendo os que melhores se adequam aos critérios de Inovação, aplicabilidade e Impacto definidos no regulamento do prémio.
“Recebemos vários projetos com uma grande diversidade de ideias, quer da academia quer da indústria, e foi com agrado que confirmamos que existe um enorme potencial de inovação nestes projetos, os quais alguns já estão implementados e outros são extremamente promissores”, afirma Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa. “É muito encorajador ver que o ecossistema nacional está a desenvolver projetos de enorme relevância neste setor do Espaço, o que contribui claramente para o reforço de Portugal, neste setor, no contexto internacional”, acrescenta.
Os projetos apresentados abrangem as disciplinas de observação da Terra, sistemas de propulsão, aerodinâmica, astronomia e medicina aeroespacial.
As seis candidaturas pré-selecionadas serão agora avaliadas por um júri constituído por várias personalidades ligadas ao setor das ciências. O vencedor do Prémio de Inovação em Ciências e Tecnologias Espaciais deverá ser conhecido ainda em Março.
O prémio tem natureza simbólica, pretendendo ser um reconhecimento público de um projeto e/ou iniciativa que, ao longo do ano, se destacou pela sua capacidade de inovação, de acordo com critérios relacionados com o nível de inovação no sector espacial, aplicabilidade e viabilidade e impacto.
Sobre os projetos finalistas
O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço foi selecionados com as componentes nacionais dos projetos CHEOPS (CHaracterising ExOPlanet Satellite) e o ESPRESSO, ambos com resultados já demonstrados. O projeto do CHEOPS resultou da colaboração com a DEIMOS, permitindo o desenvolvimento de software fundamental para operar a missão.
A D-Orbit foi selecionada através do projeto AURORA, um software de controlo de satélites e/ou constelações de satélites, por meio de uma interface totalmente personalizável, que sendo baseado na internet permite o controlo a partir de qualquer local através de várias plataformas informáticas.
A LC-Technologies foi selecionada através do projeto de uma ground station para demonstrar e estudar a propagação de sinais na banda W (70/80GHz) transmitidos a partir de satélites LEO. Para além dos inerentes desafios de desenvolvimento relacionados com tecnologia inovadora, a ground station recorre a um sistema auxiliar que usa um conjunto de antenas altamente eficientes dispostas à volta da antena principal formando uma rede de interferometria com duas ou mais baselines para solucionar os desafios de determinar a origem do sinal e realimentar para o apontamento.
A Lusospace apresentou o projeto ARCE, um sistema de realidade aumentada para atividades de engenharia, que permite aos utilizadores visualizar no espaço um modelo real em 3D e manipular partes desses modelos, bem como criar novas partes à escala correspondente.
Por fim, a ML Analytics apresentou o projeto de Inteligência Artificial desenvolvido para a missão Ariel, que Introduz inovações a nível do algoritmo de modelação, formulação de objetivos, e processos de codificação dos dados na caracterização de exoplanetas, ou planetas em órbita de outras estrelas que não o Sol.