PROSSE: Edição de 2024 abre com seminário informativo
Iniciativa da Agência Espacial Portuguesa procura financiar projetos de investigação científica na área da exploração espacial.
A Agência Espacial Portuguesa vai lançar uma nova edição da iniciativa PROSSE (PROdex for Science in Space Exploration), que visa o financiamento de projetos de investigação científica na área da exploração espacial. A atividade é desenvolvida no contexto da subscrição portuguesa ao programa PRODEX da Agência Espacial Europeia (ESA na sigla inglesa).
Antes da abertura da próxima fase de candidaturas, a Agência organiza o Seminário PROSSE 2024, que procura “disseminar informação sobre o programa a potenciais entidades interessadas”, servindo ainda de motivo para o “esclarecimento de dúvidas e questões relativas à submissão de projetos”, explica o gestor de programas de Exploração Espacial, Inovação e Empreendedorismo da Agência Espacial Portuguesa, Joan Alabart. O seminário realiza-se em formato online e acontece no dia 2 de fevereiro, entre as 10h00 e as 12h00. O período de inscrições decorre até ao dia 31 de janeiro.
Até 2025, a Agência Espacial Portuguesa irá destinar à iniciativa PROSSE um total de 420 mil euros, sendo que, para serem considerados para avaliação, os projetos devem solicitar um apoio máximo de 280 mil euros. Os projetos elegíveis deverão ser desenvolvidos em áreas científicas relevantes para a exploração espacial ou para outros setores da economia e sociedade, sendo realizados em infraestruturas terrestres ou suborbitais incluindo o Space Rider, a Estação Espacial Internacional ou outras plataformas. Serão ainda contemplados projetos que prevejam investigação científica na Lua ou em Marte.
“Queremos promover atividades relacionadas com a utilização de instalações e lugares análogos espaciais, plataformas de microgravidade, instalações de radiação, ou a própria Estação Espacial Internacional, que possam levar a desenvolvimentos relevantes para a exploração espacial ou a realizar investigação e desenvolvimento para outros setores, como o setor farmacêutico, que beneficiem das condições únicas do espaço”, acrescenta Joan Alabart.
Durante a primeira call do PROSSE, em 2023, foram recebidas 12 propostas, das quais duas foram selecionadas e estão em processo de contratualização com a ESA.
O financiamento desta iniciativa é possível através da participação nacional no programa PRODEX (PROgramme for the Development of scientific EXperiments), um envelope a que Portugal destinou quatro milhões de euros, que apoia projetos em áreas tão abrangentes como astronomia, astrofísica, física espacial ou ciências planetárias.
“A Agência Espacial Portuguesa atribui, anualmente, cerca de um terço do orçamento total dedicado ao PROSSE — exceto se a qualidade dos projetos apresentados e a verba ainda disponível nos levar a considerar o patamar máximo de financiamento de algum projeto”, aponta Marta Gonçalves, gestora dos programas de Educação e Ciência da Agência Espacial Portuguesa.
“A participação portuguesa em programas de exploração espacial é ainda reduzida e o ecossistema nacional está a crescer nesta área. A iniciativa PROSSE permite à Agência Espacial Portuguesa criar um enquadramento para que, principalmente na academia, se desenvolva investigação na exploração espacial, que irá crescer nas próximas décadas”, refere Hugo André Costa, diretor da Agência Espacial Portuguesa.
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