Portugal celebra 25 anos na Agência Espacial Europeia

Portugal tornou-se o 15.º Estado-membro da Agência Espacial Europeia (ESA) há 25 anos. O país assinou a convenção de adesão à ESA a 15 de dezembro de 1999, tornando-se Estado-membro da agência em 14 de novembro de 2000. Vinte e cinco anos depois, o país assiste a uma consolidação do ecossistema nacional e a um impressionante crescimento, afirmando-se ativamente no setor espacial europeu.  

Desde a adesão, Portugal reforçou a sua capacidade científica, tecnológica e industrial. Em 2018, a Estratégia Nacional para o Espaço, Portugal Space 2030, e a consequente criação da Agência Espacial Portuguesa e da Lei Espacial Nacional vieram dar um novo impulso ao setor. 

Hoje, existem 87 empresas e 46 centros de investigação ligados ao espaço no país. “Foi criado um ambiente atrativo para fixar empresas internacionais em Portugal e, consequentemente, uma dinâmica no estabelecimento de parcerias internacionais com atores de relevo no sentido de se criar a massa crítica necessária para um posicionamento consistente na cadeia de valor neste setor”, aponta Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa. 

“Estes 25 anos representam o amadurecimento de uma visão que começou com a adesão à ESA, mas que traz o conhecimento reunido por todos aqueles que, antes de 2000, afirmaram o espaço em Portugal”, acrescenta. Para Ricardo Conde, tudo isto se traduz, hoje, “num país já com competências sólidas, capacidade de inovação e uma contribuição ativa em missões, atividades e projetos internacionais”. “A dinâmica criada é, hoje, muito bem interpretada por uma nova geração que escolheu a sua formação académica nesta área, projetando a sua ambição na construção do setor espacial nacional”, destaca o presidente da Agência Espacial Portuguesa.  

A data é assinalada num momento crucial para o crescimento e afirmação da Europa neste setor, em que o conhecimento tecnológico nesta área é um pilar de construção das várias dimensões de soberania e resiliência europeias, como por exemplo nas dimensões da sustentabilidade e da segurança. 

Neste desígnio, Portugal também se prepara para contribuir para esta dimensão, marcada pelo desenvolvimento do hub espacial de Santa Maria e das emergentes constelações de satélites nacionais, que reforçam, assim, “o posicionamento do país através da centralidade atlântica, afirmando-o na nova economia espacial europeia”, conclui Ricardo Conde.  

Com os olhos postos no futuro, Portugal entra no próximo quarto de século preparado para responder aos desafios da construção do setor espacial europeu, reforçando o papel da ESA e promovendo a sua articulação com os programas espaciais da União Europeia.