Évora volta a receber comunidade nacional de Observação da Terra

Universidade de Évora acolhe sessão da série de eventos dedicada às tecnologias de observação da Terra da Agência Espacial Portuguesa. Além do ciclo Observação da Terra para Municípios, focado nas regiões do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo, a Universidade será também palco de um workshop dedicado ao Serviço de Monitorização da Atmosfera do Copernicus (CAMS).

Registos

A Agência Espacial Portuguesa continua a promoção do ciclo de conferências Observação da Terra para os Municípios em 2025. A Universidade de Évora recebe, a 7 de fevereiro, a primeira sessão do ano que será dedicada às regiões do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo.

A iniciativa, que conta com o apoio da Universidade de Évora, que em 2022 acolheu a primeira Conferencia Nacional de Observação a Terra, mantém o objetivo de divulgar e promover a utilização das tecnologias de Observação da Terra junto da administração pública regional e local. “Juntando as regiões do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo num só evento, queremos potenciar a troca de conhecimentos e a criação de sinergias entre atores de um território vasto, perspetivas distintas e objetivos em comum”, aponta Carolina Sá, gestora dos programas de Observação da Terra da Agência Espacial Portuguesa.

“Em Évora, vamos juntar a academia, indústria e administração pública locais para divulgar as capacidades locais, mas também para promover o desenvolvimento de soluções com recurso a tecnologias espaciais que respondam aos problemas dos municípios”, acrescenta, lembrando que esta será mais uma oportunidade para promover o concurso Incubed para os Municípios, que está aberto até 2 de junho de 2025.

“A realização do evento ‘Observação da Terra para os Municípios’ na Universidade de Évora reveste-se de grande importância para a instituição, pois está alinhada com a sua missão de promover o desenvolvimento regional, a inovação e a sustentabilidade ambiental, reforçando simultaneamente a sua estratégia nos domínios do Ambiente, Digitalização e Ciência de Dados e setor Aeroespacial”, refere Maria João Costa, professora da Universidade de Évora.

A também diretora do EaRSLab (sigla inglesa para Laboratório de Deteção Remota, considera que “a observação da Terra tem particular relevância para a região do Alentejo dadas as suas características únicas e os desafios prementes que enfrenta”, nomeadamente problemas como a escassez de água, a degradação dos solos e os impactos das alterações climáticas.

O evento servirá de plataforma para demonstrar a aplicação de ferramentas avançadas para monitorizar e gerir recursos naturais, aumentar a eficácia e produtividade, promovendo a colaboração intersectorial e inter-regional, bem como facilitando a troca de conhecimentos e experiências. “

 

CAMS discute qualidade do ar em Portugal

No dia anterior, 6 de fevereiro, a instituição receberá um workshop dedicado ao Serviço de Monitorização da Atmosfera do Copernicus (CAMS), promovido pelo Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF), entidade responsável pela implementação deste serviço do programa de observação da Terra da União Europeia. A sessão prática, que procura responder às necessidades nacionais relativas à monitorização da qualidade do ar e promover debates sobre o tema, será coorganizado pelo ECMWF e a DLR, enquanto subcontratada do ECMWF, assim como o consórcio nacional do programa de colaboração nacional para o CAMS (NCP-CAMS), liderado pelo CoLAB +ATLANTIC, em parceria com o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Universidade de Aveiro.

“É um privilégio participar pessoalmente neste importante evento nacional, que reúne diversas comunidades, tanto ao nível nacional como local, de vários sectores. Para o ECMWF, e em particular para o Programa de Colaboração Nacional CAMS, esta é uma oportunidade crucial para reforçar o envolvimento com intervenientes nacionais e promover a colaboração para que avancemos com objetivos comuns na adoção dos produtos CAMS”, salienta Cristina Ananasso, coordenadora da equipa responsável pelos programas de colaboração nacionais do Copernicus no ECMWF.

Em última análise, o objetivo comum destes eventos é promover a inteligência geoespacial e a adoção do Copernicus em Portugal para resolver os nossos desafios societais mais importantes. Com efeito, Ana Oliveira, CTO de Espaço e líder do consórcio nacional NCP-CAMS acrescenta que “no +ATLANTIC, a nossa principal motivação é promover um diálogo construtivo entre todas estas partes interessadas, desde a academia às instituições públicas, do sector privado à sociedade civil, para construir soluções baseadas em conhecimento que sejam cientificamente sólidas, operacionalmente acessíveis e adequadas para promover o bem-estar e a saúde da nossa sociedade.

Consulte a agenda da sessão “Observação da Terra para os Municípios” e do workshop dedicado ao Serviço de Monitorização da Atmosfera do Copernicus (CAMS)  e inscreva-se em ambos os eventos através deste link.

 A iniciativa “Observação da Terra para os Municípios” termina a 27 de março, na região do Algarve. Mais informações sobre este evento serão disponibilizadas brevemente.

Autor
Portugal Space
Data
20 de Dezembro, 2024