PROSSE está de volta para financiar projetos científicos de exploração espacial
A edição deste ano da iniciativa da Agência Espacial Portuguesa, lançada em 2023, arranca esta sexta-feira. Serão apoiados projetos de centros de investigação ou outras entidades do ensino superior.
Pelo segundo ano consecutivo, a Agência Espacial Portuguesa lança o PROSSE (PROdex for Science in Space Exploration), que tem como objetivo apoiar projetos de investigação científica na área da exploração espacial. A edição de 2024 da iniciativa abre esta sexta-feira, dia 2 de fevereiro, durante a realização do seminário online PROSSE 2024, dinamizado pela Agência.
Em 2023, na primeira edição do PROSSE foram recebidas 12 candidaturas e selecionados dois projetos, que estão em processo de contratualização com a ESA. O projeto HD-ICE, proposto pela Universidade Lusófona, visa perceber de que forma se pode promover a saúde mental e mitigar possíveis conflitos durante missões espaciais de longa duração.
Já o LIP – a Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, propõe-se criar um sistema integrado (SpaceRAD) que permita a caraterização do ambiente de radiação nos corpos planetários e no espaço interplanetário, que apoie a exploração de Marte e da Lua, incluindo voos com astronautas. Até 2025, a Agência Espacial Portuguesa irá destinar à iniciativa PROSSE um total de 420 mil euros, sendo que, para serem considerados para avaliação, os projetos devem solicitar um apoio máximo de 280 mil euros. Os projetos elegíveis deverão ser desenvolvidos em áreas científicas relevantes para a exploração espacial ou para outros setores. Deverão ainda ser realizados em infraestruturas terrestres ou suborbitais, como por exemplo o Space Rider, a Estação Espacial Internacional ou outras plataformas. Também poderão ser financiados projetos que prevejam investigação científica na Lua ou em Marte. À semelhança do estipulado para a última edição do PROSSE.
Joan Alabart, gestor de programas de Empreendedorismo, Inovação e Exploração Espacial da Agência Espacial Portuguesa, salienta a “grande variedade de atividades passíveis de financiamento”: “Incluímos projetos que prevejam a utilização de plataformas análogas espaciais, plataformas de microgravidade, instalações de radiação, ou até a própria Estação Espacial Internacional.”
Este financiamento é possível a partir da participação nacional no PRODEX (PROgramme for the Development of scientific EXperiments). Na última reunião ministerial da ESA, em 2022, Portugal destinou a este programa quatro milhões de euros, procurando estimular áreas como a astronomia, a astrofísica ou a física , por exemplo. “Perante um ecossistema em contínua expansão, é extremamente importante apoiarmos os nossos cientistas e investigadores criando oportunidades especificas”, afirma Marta Gonçalves, gestora de programas de Educação e Ciência da Agência Espacial Portuguesa.
O PROSSE está aberto a projetos científicos na área da exploração espacial que sejam desenvolvidos em Portugal – exceto para componentes que pela sua natureza obriguem ao recurso a plataformas localizadas no estrangeiro –, num período máximo de 36 meses.
Documentação relevante:
Aviso
Regulamento
Candidaturas