Seis finalistas selecionados para
o Prémio de Inovação Espacial

O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), a Tekever, o IST NanosatLab e Instituto de Telecomunicações, a N10gled, o Instituto de Telecomunicações e a Universidade de Aveiro, e o INEGI são os responsáveis pelos seis projetos finalistas do Prémio de Inovação em Ciências e Tecnologias Espaciais lançado pela Agência Espacial Portuguesa. A lista final, que resultou de um total de 26 candidaturas e que será agora avaliada por um júri de sete elementos, reflete a diversidade e vitalidade do ecossistema nacional no setor espacial, com soluções que vão da investigação às aplicações tecnológicas mais avançadas.  

“Todas as candidaturas evidenciaram uma qualidade notável, mas é extraordinário ver a diversidade e a qualidade das propostas que chegaram à lista final, que ilustram bem o que de melhor se faz em Portugal, dentro de um setor que é cada vez mais estratégico”, afirma Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa. 

Os projetos desta lista de finalistas, resultado de uma avaliação preliminar conduzido pela Agência Espacial Portuguesa, destacaram-se pelo seu carácter inovador, contributo para o avanço científico e tecnológico, e o impacto no setor espacial. 

O prémio, de natureza simbólica, pretende ser um reconhecimento público de um projeto e/ou iniciativa que, ao longo do ano, se destacou pela sua capacidade de inovação, de acordo com critérios relacionados com o nível de inovação no sector espacial, aplicabilidade e viabilidade e impacto. 

Os projetos finalistas encontram-se em fase de avaliação por um júri composto por especialistas das áreas da academia, da indústria e da investigação científica. O júri, presidido pelo professor José Manuel Mendonça (INESC TEC), inclui ainda a professora Teresa Lago (Universidade do Porto), Isabel Nunes (Instituto de Defesa Nacional), Sílvia Garcia (Agência Nacional de Inovação) e Cláudio Melo (Observatório Europeu do Sul). 

Sobre os projetos finalistas

Entre os finalistas estão propostas que abrangem áreas tão diversas como astrofísica, telecomunicações, comunicações inter-satélite, cibersegurança quântica, fornecimento de energia fora da Terra e engenharia de sistemas espaciais: 

ESPRESSO, projeto do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, cuja equipa desenvolveu os sistemas óticos que permitem ao telescópio VLT observar o céu com uma abertura equivalente a 16 metros, com resultados científicos de destaque internacional na detecção e caracterização de exoplanetas; 

Desenvolvimento de antenas avançadas para CubeSats, um projeto do IST NanosatLabs e do Instituto de Telecomunicações que apresenta soluções de comunicação espacial adaptadas a requisitos inovadores, cobrindo bandas de VHF às ondas milimétricas; 

GAMALINK, da Tekever Space, um sistema de comunicação inter-satélite baseado em tecnologia SDR (Software-Defined Radio), validado operacionalmente em missões da ESA, com capacidade para ranging preciso, sincronização temporal e transferência de dados entre satélites; 

Entangled Space, da N10GLED, centrado no desenvolvimento de uma estação óptica transportável para distribuição de chaves quânticas, resistente a ameaças de computação quântica, com potencial de aplicação em setores críticos de cibersegurança; 

Mulas Energéticas, do Instituto de Telecomunicações e Universidade de Aveiro, propõe uma solução para fornecimento de energia à superfície lunar através de micro-ondas, mesmo em regiões privadas de luz solar, como o lado escuro da Lua; 

NoTank, projeto do INEGI desenvolvido no âmbito do programa GSTP da ESA, apresenta um novo conceito de reservatório modular e leve para propelentes espaciais, que maximiza o volume útil, reduz massa e custos de fabrico. 

A decisão final do júri será conhecida a 14 de maio de 2025, no último dia da 8.ª edição da conferência New Space Atlantic Summit, onde será realizará a cerimónia de entrega do prémio.