Agência Espacial Portuguesa leva
Observação da Terra aos municípios

Iniciativa “Observação da Terra para os Municípios” pretende aproximar as regiões portuguesas desta tecnologia espacial.
A primeira sessão acontece a Norte, já em novembro, na cidade de Guimarães.

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A série de sessões “Observação da Terra para os Municípios”, organizada pela Agência Espacial Portuguesa, percorrerá todas as regiões portuguesas, contando com o apoio de parceiros estratégicos locais. A iniciativa dá seguimento à sessão “Copernicus para as Smart Cities”, realizada em maio de 2023 em Lisboa. Agora, alarga-se o âmbito e inicia-se uma digressão pelo país para discutir com as várias regiões as suas necessidades e divulgar o potencial da Observação da Terra na procura de soluções. O objetivo final é perceber os obstáculos, divulgar as oportunidades, e garantir que todos os municípios possam ter acesso às tecnologias espaciais.

“Estes eventos surgem como resposta aos vários pedidos regionais recebidos após a realização da sessão ‘Copernicus para as Smart Cities’, que procurava divulgar e promover a adoção dos dados e serviços Copernicus neste contexto, com demonstração de exemplos práticos de aplicação e partilha de necessidades e capacidades por parte dos participantes”, contextualiza Carolina Sá, gestora de projetos de Observação da Terra da Agência Espacial Portuguesa.

O pontapé de partida da série de sessões dirige-se aos municípios e instituições públicas e privadas da região Norte de Portugal. O primeiro de seis eventos desta iniciativa acontece já a 28 de novembro, em Guimarães, no Teatro Jordão, e conta com o apoio do Município de Guimarães.

A sessão inicia às 09h30, com uma introdução de Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, e de Hugo Costa, diretor executivo da Agência Espacial Portuguesa. A restante manhã será dividida em três blocos temáticos: Observação da Terra e os municípios; Oportunidades e Perspetivas Futuras; Aplicações.

As sessões temáticas contarão com a participação de representantes da Câmara Municipal de Guimarães, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). A indústria e a academia também marcarão presença nas sessões, estando confirmadas as participações de oradores do Colab + Atlantic, da Spotlite, da Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro (UTAD) e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).

À tarde, a mesa-redonda “A Inovação dos Municípios” juntará empresas e instituições municipais, estando a moderação a cargo de Pedro Arezes, Presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho. O dia fecha com uma sessão de matchmaking, com possibilidade de reuniões bilaterais entre municípios e empresas.

Carolina Sá afirma que “a promoção da utilização das tecnologias espaciais junto dos municípios é uma das prioridades da Agência”. “Ao promovermos este tipo de eventos, estaremos a contribuir para uma aproximação das autarquias às tecnologias de Observação da Terra, tão essenciais para a gestão dos recursos. O objetivo é informar os municípios sobre estas ferramentas, divulgar oportunidades de financiamento e mostrar-lhes que estas tecnologias são acessíveis a todos”, completa.

Para Paulo Lopes Silva, vereador da Câmara Municipal de Guimarães, este evento é uma oportunidade para que todo o tecido empresarial, científico e cultural do território se aproxime das tecnologias espaciais e de Observação da Terra, demonstrando o compromisso com a inovação e a utilização de soluções inteligentes para abordar desafios locais. Referindo-se à instalação do curso de Engenharia Aeroespacial, na futura Fábrica do Arquinho, em Guimarães, Paulo Lopes Silva defende que “a utilização de tecnologias espaciais para desenvolver novas soluções, produtos e serviços representa um passo significativo em direção ao futuro“, e esta iniciativa irá “estimular o desenvolvimento de todo o tipo de soluções que usam dados espaciais para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”, fortalecendo a criação de um hub aeroespacial, bem como possíveis colaborações entre instituições municipais, indústria e academia. “O futuro é sustentável, mas também inteligente e espacial”, conclui.

O evento “Observação da Terra para os Municípios – Região Norte” é aberto ao público e gratuito, mas o registo é obrigatório, estando a participação limitada à capacidade da sala.

O conjunto de sessões “Observação da Terra para os Municípios” parte, depois, para as restantes regiões portuguesas: Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo, Algarve, Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira. As datas para os próximos eventos serão anunciadas em breve.

Consulte a agenda do evento aqui.

Autor
Portugal Space
Data
2 de Novembro, 2023