Universidade de Évora passa a integrar a oferta nacional de formação em Engenharia Aeroespacial
Portugal terá a partir do ano letivo 2025/2026 cinco licenciaturas em Engenharia Aeroespacial totalizando 230 vagas anuais. As candidaturas ao Ensino Superior abrem a 21 de julho.
Os últimos cinco anos ficaram marcados por um reforço progressivo da formação em Engenharia Aeroespacial no ensino superior público, acompanhando a evolução do setor espacial em Portugal. Após a criação de licenciaturas nas Universidades de Aveiro (2021/2022), Minho (2022/2023) e Porto (2023/2023), a Universidade de Évora lança no próximo ano letivo um novo curso superior, juntando-se a este movimento estratégico de expansão académica numa área crítica para o desenvolvimento socioeconómico português.
A nova licenciatura, já acreditada pela A3ES por um período de seis anos, disponibilizará 20 novas vagas em Engenharia Aeroespacial no Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, cujas candidaturas abrem a 21 de julho. Com um plano curricular orientado para a inovação e para a aplicação prática, o curso terá um foco claro na produção e conceção de estruturas e componentes aeroespaciais, bem como na robótica. A ligação ao tecido empresarial da região permitirá aos estudantes desenvolver projetos de final de curso em colaboração das empresas do setor, potenciando a posterior integração no mercado de trabalho.
O curso insere-se na estratégia de desenvolvimento da Universidade de Évora e consolida o trabalho iniciado com a criação, em 2021, da Cátedra CEiiA de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, assumindo a formação avançada e a investigação como eixos fundamentais para o crescimento do setor no Alentejo. A licenciatura em engenharia aeroespacial junta-se ao já existente ramo de aeronáutica da licenciatura em Engenharia Mecatrónica.
Para a Reitora da Universidade de Évora, citada em comunicado daquela instituição, a nova licenciatura não vai apenas beneficiar a região Alentejo. “A Engenharia Aeroespacial é uma das áreas do Plano de Desenvolvimento Estratégico da UÉVORA para 2023-2026 e, por isso, este novo ciclo de estudos será fundamental para atrair talento e consolidar conhecimento especializado. Por outro lado, vai abrir novas perspetivas para a investigação e inovação, fortalecendo parcerias com empresas e centros tecnológicos, tanto a nível nacional como internacional”.
Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa, considera que “a nova licenciatura da Universidade de Évora é mais um passo na consolidação do ecossistema espacial nacional”. “Representa não só uma resposta qualificada à procura de talento na área, mas também uma oportunidade para fortalecer o contributo das regiões no desenvolvimento de uma economia mais competitiva, baseada na ciência e na tecnologia.”
Com esta nova oferta, Portugal passa a contar com cinco licenciaturas em Engenharia Aeroespacial nas instituições públicas de ensino superior — Instituto Superior Técnico (Lisboa), Aveiro, Minho, Porto e Évora — totalizando 230 vagas anuais. Um sinal claro da mobilização do sistema académico nacional para acompanhar o crescimento do setor espacial em Portugal e na Europa.